A importância do sapateiro para a formação da cidade de Franca

Em 1820, Franca já possuía 14 sapateiros. Ali começava a nascer um dos mais respeitados parques calçadistas do Brasil. A partir desses artesão, em meados de 1950, com o fortalecimento da pecuária e da cafeicultura, foi que começou o aparecimento, direta e indiretamente, das primeiras fábricas de calçado em Franca.

Já em 1960 a cidade teve uma crescente e próspera industrialização, dirigida para a fabricação do calçado de couro, ainda hoje, a identidade da cidade. Na década de 1970, viveu-se o maior momento de euforia, quando o polo passou a participar do mercado externo.

Houve modernização das máquinas, mudanças no processo de produção, maior racionalização do trabalho, ganhos de produtividade e consideráveis melhorias na qualidade de nossos produtos. Assim, a fabricação de calçados passou a ser a principal fonte econômica do município, com 360 indústrias e 8.500 mil trabalhadores.

 As exportações também se efetivaram na década de 70, e foi com a mesma euforia que Franca recebeu a notícia de que a empresa, Calçados Samello estava realizando sua primeira remessa de 17 mil pares de calçados para os Estados Unidos, em maio de 1970. Estavam abertas as exportações de Franca.

Na década de 80 as empresas perdem os incentivos fiscais, ficando a mercê do seu próprio empreendedorismo, porém, já estruturadas, mantiveram-se no mercado externo até 1993, momento este, considerado até os dias de hoje, como o ápice das exportações, quando Franca exportou 15,6 milhões de pares, e faturou mais de U$ 256 milhões de dólares. No total, foram produzidos naquele ano, 31,5 milhões de pares.

Com esta expansão do setor calçadista, a economia de Franca alçou asas e o calçado transformou a cidade em um dos maiores polos calçadistas do país, com fama nacional e internacional. E tudo começou com os sapateiros.

A estes bravos empreendedores, devemos todo o nosso apreço e respeito. Parabéns pelo seu dia!

José Carlos Brigagão do Couto

Presidente do SINDIFRANCA